Só no Brasil, há mais de 14 milhões de pessoas vivendo com essa doença, segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Esse é um dado preocupante, pois esse número não para de crescer.
Quando não tratado, esse quadro pode causar complicações agudas, dentre elas: cetoacidose (condição grave que acontece quando os níveis de açúcar no sangue encontram-se muito altos), coma hiperosmolar hiperglicémico (complicação na qual o elevado nível de açúcar no sangue causa desidratação acentuada), além dessas, existem complicações a longo prazo: doenças cardiovasculares, Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC), doença renal crónica, úlceras no pé e retinopatia diabética.
Mais sobre a doença
A diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla caracterizada pela elevação da glicose no sangue (hiperglecemia) que pode ocorrer devido à falta de insulina e/ou da incapacidade do hormônio de exercer adequadamente sua função no organismo, causando um aumento das taxas de açúcar na corrente sanguínea.
A diabetes acontece quando o pâncreas não consegue produzir a quantidade de insulina suficiente para manter o organismo funcionando normalmente. A principal aplicação desse hormônio é estimular a entrada do açúcar nas células para ocasionar a produção ou armazenamento energético. Quando é liberado em quantidades suficientes mas não consegue agir direito nas células, isso vira um problema – chamado de resistência à insulina – e pode indicar o início da doença. Na ocorrência da diabetes, o organismo não fabrica insulina ou não consegue aproveitar a glicose adequadamente.
Principais tipos de diabetes
Diabetes tipo 1: a diabetes tipo 1 atinge principalmente crianças e adolescentes e ocorre quando o pâncreas subitamente deixa de produzir insulina, levando o organismo a produzir substâncias tóxicas.
Diabetes tipo 2: a diabetes tipo 2 é mais difícil de ser detectada e se dá quando a capacidade do organismo de converter açúcar em energia é afetada, levando ao acúmulo da glicose no sangue e a posteriores complicações.
Diabetes gestacional: durante a gestação, o corpo da mulher consome mais energia, e em alguns casos, o pâncreas não consegue produzir insulina suficiente para a mãe e o feto. Com isso, há aumento dos níveis de açúcar no sangue. Porém, após o parto, as taxas de glicemia tendem a voltar ao normal.
Diabetes tipo LADA: é quando a pessoa apresenta um surgimento tardio de diabetes tipo 1, normalmente em pessoas acima de 35 anos de idade.
Quais as pessoas com mais propensão a sofrer dessa doença?
Primeiramente, ter um pai ou mãe com diabetes aumenta as chances da pessoa desenvolver a doença em algum momento de sua vida; fique atento. Indivíduos com pressão ou colesterol alto, alterações na taxa de triglicérides no sangue, obesidade aliada à falta de exercícios físicos, doença renal crônica, síndrome de ovários policísticos ou diagnóstico de algum distúrbio psiquiátrico (depressão, transtorno bipolar) podem desenvolver o quadro. Fatores de risco adicionais incluem: diabetes gestacional na mãe, ou filho que tenha nascido com mais de 4kg. Vale mencionar o risco que algumas pessoas correm ao dormir pouco e em diferentes horários, pois esse comportamento força o organismo a “lutar” para controlar os níveis de açúcar.
Danos que a diabetes causa
A diabetes pode causar danos a muitas partes do corpo devido ao rompimento dos pequenos vasos sanguíneos do organismo que são lesados. O dano é causado principalmente aos rins, coração e olhos. Com essa lesão, o rim se torna incapaz de filtrar o sangue de forma adequada. Nesse caso, a eliminação do excesso de sal e água do organismo torna-se mais difícil e as substâncias tóxicas ficam acumuladas no sangue. A insuficiência dos rins causada pela diabetes é chamada de “nefropatia diabética”. Além disso, quando os nervos do organismo são lesados por causa da diabetes, isso pode gerar dificuldades no esvaziamento da bexiga, fazendo com que a urina fique retida e a pressão elevada em seu interior faça o líquido subir o canal, atingindo os rins e causando hipertensão renal. Caso a urina permaneça muito tempo na bexiga, existe o risco de infecção renal.
Uma pessoa que tem diabetes deve ficar muito atenta, pois a doença é uma das principais causas de condições relacionadas ao aparelho cardiovascular, tais como: infarto, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e entupimento das artérias. O risco de sofrer um infarto aumenta em 40% nos diabéticos homens e em até 50% nas mulheres.
A complicação que a diabetes causa nos olhos se deve à alta glicemia, que desenvolve o quadro de retinopatia diabética. Ao chegar aos vasos da retina – tecido do globo ocular responsável por converter a imagens em estímulos elétricos lidos pelo cérebro – a condição pode evoluir para cegueira.
Sintomas da diabete
Normalmente, as pessoas não sentem os sintomas da diabete, porém, há alguns sinais que podem indicar que o indivíduo sofre da doença, eles são: boca seca, sede que não acaba, visão turva, fome excessiva, fadiga, perda de peso repentina, infecções, formigamentos, confusão, disfunção erétil, irritabilidade, entre outros.
Prevenções e tratamentos naturais
A diabetes não tem cura, mas isso não quer dizer que o paciente não possa ter uma vida normal e saudável. Basta manter o nível de glicemia controlado! Vamos listar algumas prevenções naturais?
Alimentação: comer bem é de extrema importância, não apenas para diabetes, mas para tudo! Manter uma alimentação rica em vitaminas com frutas, leguminosas, vegetais e carnes pode ser uma boa ajuda para a manutenção dos níveis glicêmicos. Fique de olho nos alimentos que contêm muitos açúcares e gordura. A ingestão de bebidas alcoólicas em excesso também é um perigo e deve ser controlada. Existem alguns alimentos específicos que podem ajudar, tais como: amoras, óleo de coco, nabos, pata de vaca (planta medicinal), brócolis, salmão, atum, sardinha, cavalinha, feijão, lentilha, grão de bico, ervilhas, etc.
Alguns chás se incluem como uma opção de tratamento natural, são eles: chá de Poejo (que conta com efeito redutor das taxas de açúcar), chá da casca do Maracujá (que é rica em uma fibra solúvel chamada pectina, que reduz a quantidade de glicose absorvida pelo organismo), chá de Carqueja (conta com propriedades antitérmicas e abaixa o nível de glicose na corrente, efeito este comprovado cientificamente), chá de Jucá (o uso desse chá deve ser evitado por mulheres no período menstrual, na gestação e amamentação).
O exercício físico é um aliado que as pessoas devem abraçar, pois é uma forma eficaz de prevenir complicações da diabetes e de controlar os níveis de glicemia. O exercício estimulará a produção de insulina e facilitará seu transporte até as células, e mais: a prática correta dos exercícios melhora a condição cardiovascular e mantém o peso em dia.
Nota: vale destacar que os tratamentos aqui informados NÃO substituem o acompanhamento médico. Consulte um especialista.