"Viver em harmonia com a natureza é encontrar a verdadeira essência da vida."

Óleo de coco: propriedades e uso

Hoje, o estilo de vida saudável é comum entre muitas pessoas e está ganhando cada vez mais popularidade. Para alguns, isso pode ser atribuído à moda (porque hoje muitas celebridades e blogueiros falam sobre isso), outros perseguem motivos éticos, enquanto outros realmente apreciam a vida saudável e vivem de acordo com suas crenças.

Nesse contexto, as pessoas acham que ter um estilo de vida saudável significa rejeitar maus hábitos, aderir a uma nutrição adequada, praticar exercícios diariamente e usar hashtags em redes sociais como #vidasaudavel, #esportes, #detox, #vegetarianismo, #eco, etc.

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Mudar ou não mudar eis a questão

Ironias à parte, em nossa era de progresso informativo para muitos, isso serve como impulso para repensar e mudar de vida. Mas isso não é tudo: depois de abandonar os maus hábitos e reduzir o consumo de produtos que contenham pigmentos químicos, aromas, estabilizadores, intensificadores de sabor e outros aditivos, sua saúde geral melhorará visivelmente.

No entanto, além do que consumimos, não devemos nos esquecer também daquilo que aplicamos em nossa pele, os chamados produtos de higiene pessoal, que incluem sabonetes, cremes, géis de banho, xampus, pastas de dente, etc.

Isso porque nossa pele e membranas mucosas, ainda que projetadas de tal maneira que cumpram funções protetoras, são capazes de absorver o que aplicamos a elas.

Obviamente que, se a pele absorvesse tudo o que entra em contato com ela, muitas substâncias nocivas à saúde entrariam na corrente sanguínea. Para evitar isso, a natureza criou as ditas funções protetoras da epiderme. Mas qualquer proteção pode ser enfraquecida, e isso também é verdade em relação à pele: cuidados impróprios ou incorretos, ao invés de ajudar, podem nos prejudicar.

Existe a opinião de que apenas o que você está pronto para comer deve ser aplicado ao corpo (sem exageros, é claro!). Alguém sugerirá que isso é um absurdo e que não existem tais produtos na natureza.

Mas basta se aprofundar um pouco no tema, e você descobrirá rapidamente que existem produtos universais e que esses produtos não são poucos. Um deles é o óleo de coco, que realmente é um produto multifacetado e excepcional, com uma excelente composição e ampla gama de usos.

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A produção de óleo de coco

A produção de óleo de coco é um processo meio complexo. Primeiramente, é preciso esperar até que a coco amadureça até o estado necessário – isso acontece quando o líquido dentro (água de coco) começa a ser convertido em uma emulsão (leite de coco) e engrossar, ou seja, quando é formada a polpa de coco.

É essa a polpa usada para extrair o óleo, sendo que antes, ela precisa ser separada da casca, seca e picada. Em seguida, o óleo é obtido da polpa triturada por prensagem. Ele tem uma textura sólida, cor branca, um aroma doce delicado e um agradável sabor de noz.

Alguns tipos de óleo de coco  

Para fazer óleo de coco, é empregada a prensagem quente ou a frio. O método de prensagem quente é mais comum, embora a prensagem a frio resulte em um óleo de melhor qualidade e maior valor nutricional e biológico.

Como outros óleos, o óleo de coco é produzido em uma forma refinada (esse óleo não tem o cheiro e o sabor típicos do coco e é usado para cuidar da pele e dos cabelos) e não refinada (a que possui um aroma de coco).

É preferível usar (especialmente se usado como alimento) o óleo não refinado prensado a frio, pois os benefícios e a qualidade deste último serão maiores.

Então, o que tem no óleo de coco que outros óleos não têm? Quais são suas propriedades únicas?

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Composição e propriedades do óleo de coco

A coisa mais importante é a composição. Como este é um óleo, seu principal componente é a gordura, ou seja, ácidos graxos insaturados (láurico (44 a 52%), mirístico (13 a 19%), palmítico (7,5 a 10,5%), cáprico (4,5–10%), caprílico (6,0–9,7%), oleico (5–8%), esteárico (1,0–3,0%), capróico (0,2–2,0%) , linoléico (1,5-2,8%), hexadecênico (até 1,3%), que não exibem um efeito prejudicial ao corpo humano, como ocorre com o consumo de ácidos graxos saturados de origem animal.

Além disso, a estrutura do óleo de coco é composta por fitoesteróis, vitaminas (C, E, K e colina), minerais (magnésio, cálcio, potássio, zinco, fósforo, ferro) e ácido hialurônico (um hidratante natural). Essa composição química rica também determina a ampla gama de efeitos desse óleo.

O ácido láurico (que representa até 50% do conteúdo total de substâncias presentes no óleo) desempenha um papel muito importante no desenvolvimento da imunidade em lactentes, pois é um análogo de um dos componentes do leite materno.

Com o uso de 1-2 colheres de óleo de coco pela manhã de jejum e à noite antes de dormir, a imunidade, as funções da digestão e o bem-estar geral aumentam. Além disso, o ácido láurico possui propriedades antissépticas, antimicrobianas e bactericidas.

Já o ácido oleico está envolvido na estabilização do balanço hídrico da pele e na melhoria do metabolismo lipídico.

Quanto ao ácido caprílico, este último é necessário para restaurar e manter o equilíbrio bacteriano no intestino.

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Os benefícios do óleo de coco

O óleo de coco tem uma quantidade substancial de propriedades benéficas: ele é livremente absorvido, não contém colesterol, fornece muitas substâncias necessárias para o corpo, tem um efeito suavizante, hidratante, anti-inflamatório e antibacteriano na pele e no cabelo e, além disso, restaura e rejuvenesce todo o corpo. Na verdade, é por isso que esse óleo é tão popular entre cosmetologistas e nutricionistas.   

Com a ingestão regular de óleo de coco, a atividade do sistema cardiovascular melhora (os vasos se tornam mais flexíveis, o que, por sua vez, reduz significativamente o risco de ataque cardíaco), o metabolismo e o funcionamento do trato gastrointestinal se normalizam (o óleo tem propriedades curativas, o que proporciona um bom efeito no tratamento de úlceras), a imunidade aumenta, as células do cérebro e do sistema nervoso são regeneradas, etc.

O uso externo de óleo de coco proporciona uma melhora notável nas condições da pele e cabelos, visto que ele é perfeitamente absorvido por peles de qualquer tipo, e as hidrata, amacia, restaura e melhora sua elasticidade.

O óleo de coco suaviza perfeitamente pequenas rugas no rosto e fornece proteção contra radiação solar. Quando aplicado ao cabelo, ele ativa o crescimento capilar, combate a caspa e torna o cabelo mais macio, suave e sedoso. O óleo de coco também pode ser usado para cuidar da cavidade oral, pois fortalece as gengivas e os dentes.

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Como usar o óleo de coco

Como observado acima, o óleo de coco é usado tanto para fins alimentares, quanto na cosmetologia e no setor de cuidados com o corpo.

Se você decidiu usar o óleo de coco como alimento, escolha o óleo obtido por prensagem a frio e não o óleo refinado, pois ele será mais nutritivo, ainda que bem mais caro – isso se deve ao complexo processo de sua produção.

Existe outro tipo de óleo de coco não refinado, que também é adequado para fins alimentares: o óleo produzido por prensagem quente. Este também contém um grande número (embora menor do que o óleo obtido por prensagem a frio) de nutrientes e componentes ativos, mas é muito mais barato (o método de prensagem a quente torna possível obter mais óleo).

Qualquer óleo não refinado é adequado não apenas para ingestão, mas também como cosmético para os cabelos (é melhor não aplicar óleo não refinado diretamente na pele do corpo e da cabeça devido às suas fortes propriedades comedogênicas*). Isso não pode ser dito sobre o óleo de coco refinado: não é recomendável ingeri-lo, pois é refinado quimicamente (ácidos, álcalis e água são adicionados ao óleo não refinado aquecido). Ao mesmo tempo, tal óleo é amplamente usado para fins cosméticos.

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Ingestão

Nos alimentos:

  • Adicione o óleo de coco às saladas no lugar do óleo de girassol ou azeite de oliva.
  • Use para cozinhar alimentos fritos.
  • Adicione ao seu chá, café e smoothies (algumas gotas).

Se você bater nozes e óleo de coco em um liquidificador ou moedor de café, terá uma deliciosa manteiga caseira.

Uso interno:

  • Você pode beber óleo de coco em sua forma pura, começando com 1 colher de chá por dia e aumentando a “dose” para 2-3 colheres de sopa por dia (antes das refeições).
  • O chá com algumas gotas de óleo de coco alivia dores de garganta ao tossir.
  • Para limpar a boca e clarear os dentes, é recomendável fazer gargarejo com 1-2 colheres de sopa de óleo de coco diariamente por 10 minutos.
  • À temperatura ambiente, o óleo de coco tem uma consistência sólida, sendo que para torná-lo líquido, é necessário aquecê-lo. Se você pretende usar óleo para temperar uma salada, você pode aquecê-lo em banho-maria. No entanto, se a salada estiver fria, o óleo endurecerá de novo. Considere isso ao cozinhar.
  • O óleo de coco pode ser usado para fritar, pois possui alta temperatura de combustão e produz menos radicais livres. Ele com certeza dará um novo sabor a pratos familiares.
  • Também é indispensável na preparação de sobremesas (tais como doces, coquetéis e bolos de alimentos crus) e para panificação (substitui a margarina e a manteiga).

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Óleo de coco: uso na cosmetologia

O óleo de coco é um excelente produto para cuidados com a pele e cabelos, pois devolve a juventude e a beleza à pele, nutre e fortalece os cabelos, restaurando sua força e densidade. Ao aplicar o óleo como creme para as pálpebras e o rosto, é possível diminuir bastante as rugas faciais.

Como loção para o corpo, ele hidrata e suaviza a pele. O óleo de coco também pode ser usado como hidratante para a cutícula, como máscara capilar e como meio de combater pontas duplas, esfoliante (misturado com componentes abrasivos naturais como sal, açúcar ou argila natural), como um óleo de massagem (ajuda a eliminar estrias e celulite), como produto de higiene para os lábios e como removedor de maquiagem.

Uma vantagem adicional do uso de óleo de coco para fins cosméticos é sua capacidade de ser facilmente absorvido pela pele sem deixar aquele brilho oleoso e sensação pegajosa.

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No entanto, ao usá-lo, você precisa lembrar-se do seguinte:

  • Para a pele do corpo e couro cabeludo, use óleo de coco refinado, pois ele não obstrui os poros e não forma comedões*.
  • O óleo não refinado pode ser aplicado como uma máscara diretamente no cabelo (evitando o contato com o couro cabeludo).
  • Você pode usar o óleo sozinho ou em combinação com outros ingredientes. Por exemplo, aqui está uma receita de uma máscara de limpeza facial: 1 colher de sopa de óleo de coco, 2 colheres de mel, 1/2 colher de limão; que deve ser misturada e aplicada à pele por 15-20 minutos.
  • Ao misturar com outras substâncias, derreta o óleo em banho-maria para que misture melhor.
  • Se você deseja obter um maior efeito hidratante, pode aplicar o óleo à pele molhada após lavar o rosto ou tomar banho.
  • Para dar sedosidade e brilho aos cabelos, distribua uma gota de óleo nas palmas das mãos e aplique uniformemente nos cabelos limpos e úmidos (uma atenção especial pode ser dada às pontas dos cabelos). No entanto, se o seu cabelo tiver tendência a oleosidade, esse método não funcionará, e pode proporcionar um efeito de cabelos sujos.
  • O óleo de coco, como dito acima, também é adequado para cuidados bucais. O enxágue sistemático da cavidade oral com este óleo por 10 a 15 minutos ajuda a clarear significativamente os dentes e fortalecer as gengivas. E se você o misturar com bicarbonato de sódio e óleos essenciais, obterá uma ótima pasta de dente.

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Contra indicações

Com todas as propriedades únicas e positivas acima mencionadas, temos que admitir que seu uso possa também causar danos. Portanto, não é recomendável usar e aplicar óleo de coco se você tiver intolerância individual e reações alérgicas.

Verifique a reação do corpo aplicando um pouco de óleo na superfície interna do pulso e observando por 2 horas. Se não ocorrer coceira, inchaço e vermelhidão, pode usar o óleo à vontade.

Não exagere na ingestão do óleo de coco. Lembre-se de que, por mais magnífico que seja, tudo em excesso faz mal. Pratique moderação e não vá ao extremo.

Há também evidências de que pessoas que sofrem de colecistite crônica e pancreatite devem tomar cuidado ao usar o óleo de coco, pois ele pode exacerbar essas doenças.

Comedão 

*O comedão (Acne comedonica) é um tipo de cisto que se forma quando a boca de um folículo piloso fica bloqueada por massas córneas (epitélio descamado misturado com gordura) em uma condição chamada hiperqueratose. Existem comedões de dois tipos: fechados (cravos brancos) e abertos (cravos pretos).

Os comedões fechados são pápulas esbranquiçadas com um diâmetro de 1-2 mm, mais bem vistas ao esticar a pele. Ao apertar um comedão, seu conteúdo é eliminado com dificuldade.

Comedões fechados se inflamam frequentemente com a formação de pústulas e nódulos de acne.

No caso de comedões abertos, as bocas dos folículos capilares são dilatadas e entupidas com massas córneas como uma rolha (hiperqueratose). A melanina, um produto da oxidação da tirosina, confere uma cor preta a esses cravos. Quando espremidos, os comedões abertos liberam facilmente seu conteúdo; raramente inflamam.

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