Múltiplas lendas cercam o alecrim e seu nome ao longo de sua história.
A lenda
O próprio nome latim a planta, rosmarinus, está associado a uma lenda que diz que o nome do alecrim vem da frase em latim ros marinus, que significa “orvalho do mar”. Isso segundo o antigo historiador romano Plínio, que disse que as flores de alecrim são tão atraentes porque a espuma do mar que caiu sobre elas as coloriu de azul – a planta é encontrada principalmente nas praias rochosas do Mediterrâneo ocidental.
Ao longo da história, houveram muitas lendas sobre o alecrim, que na consciência do povo, era sempre uma planta sagrada e mágica.
Diziam que inicialmente suas flores eram brancas, mas durante o êxodo para o Egito, a Virgem Maria colocou a fralda de seu bebê no arbusto de alecrim para secar, e suas flores ficaram azuis.
Outra lenda diz que a planta cresce apenas por 33 anos – a idade em que Cristo foi crucificado.
Há também uma lenda que diz que durante a viagem da Sagrada Família ao Egito, a Virgem Maria colocou o menino Jesus em um lugar pedregoso sob um pequeno arbusto de alecrim com flores brancas, e elas ficaram azuis.
Desde então, as flores de alecrim começaram a florescer na Páscoa.
Alecrim em casamentos
Ideias antigas de alecrim como uma planta que melhora a memória, fortalece a vitalidade, coração e mente permaneceram também nos dias de Shakespeare. Nesse mesmo período, os buquês das noivas começaram a ser decorados com raminhos de alecrim, simbolizando constância, fidelidade, e fortalecendo o amor e a devoção.
A erva era requisitada não apenas em casamentos, mas também em cerimônias fúnebres e religiosas para preservar a memória do falecido.
A lendária Água da Hungria foi criada como um remédio para a gota ou reumatismo, que acometiam a idosa Rainha Húngara Isabel.
Há uma bela lenda que conta que a fórmula milagrosa foi criada para o rejuvenescimento da rainha e funcionou tão bem que ela praticamente trouxe de volta sua juventude e beleza, e aos 72 anos ainda cativava os homens, o que fez o rei polonês oferecer sua mão e coração à rainha.
Crenças pelo mundo
Muitas crenças foram associadas a esta planta: acreditava-se que o alecrim podia salvar uma pessoa de pesadelos e, mais importante, mantê-la jovem.
Na Grécia e Roma antigas, os alunos colocavam ramos de alecrim em seus cabelos para melhorar a memória.
No simbolismo popular ocidental, o alecrim representa fidelidade no amor.
Na corte dos reis franceses, o alecrim tinha lugar especial. Rainhas e damas de honra tomavam banhos de água de alecrim e o usavam como remédio.
Resinas como olíbano e mirra eram inacessíveis aos antigos habitantes da Grã-Bretanha e do norte da Europa, portanto, para fumigar espaços sagrados, usava-se aquelas ervas aromáticas que cresciam nessas terras – alecrim, lavanda e tomilho. Assim, muitas receitas de incenso celta-druida incluem essas ervas.
Casamentos e funerais
No século XVII, as noivas entrelaçavam suas flores e folhas em suas coroas de casamento, e os ramos dourados dessa planta eram carregados na frente da procissão de casamento por madrinhas e padrinhos.
No banquete de casamento antes de os recém-casados beberem a primeira taça, um raminho de alecrim era mergulhado no vinho para dar sorte e longevidade ao amor e união deles.
Até mesmo no funeral, até pouco tempo atrás, raminhos de alecrim eram levados para o túmulo da pessoa. Quando o caixão era abaixado, os ramos eram jogados nele como um sinal de que o falecido não seria esquecido tão cedo.
Ramos de alecrim eram queimados em túmulos em vez de olíbano – acreditava-se que isso proporcionaria ao falecido felicidade em outro mundo.
Cura e proteção
As propriedades mágicas e curativas do alecrim são numerosas e variadas. Aquele que carregava essa planta no corpo, ganhava proteção contra os maus espíritos, de trovões e relâmpagos, de ladrões e lesões.
O alecrim era usado em feitiços para atrair sucesso, para o rejuvenescimento, na adivinhação do amor e nos feitiços de atração. Acreditava-se que se uma menina colocasse um raminho de alecrim e uma moeda de prata debaixo do travesseiro no Halloween, ela sonharia com seu futuro marido.
A velha tradição diz que se o ladrão pudesse ser persuadido ou forçado a lavar os pés em vinagre de vinho com um raminho de alecrim, ele não teria mais o desejo, a habilidade ou a força para roubar.
À noite, alecrim era usado para fumigar crianças a fim de protegê-las de pragas.
Na magia afro-brasileira, a erva é usada para fazer amuletos.
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Olá! Parabéns pela matéria, mas eu tenho uma pergunta. Podemos usar a erva fresca para passar no corpo ou fazer sabonetes? Ela pode causar alguma reação, como a canela?
Olá bom dia! Bem, vc pode usar ervas frescas sim, porem seus sabonetes terão uma vida útil mais curta, algumas ervas podem causar reações alérgicas sim é bom testar primeiro.