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Micose De Pele: um incômodo que tem tratamento  

Micoses são infecções na pele que podem ser superficiais ou profundas. Elas podem se desenvolver em qualquer parte do corpo, porém, os riscos são consideravelmente mais altos de que atinjam áreas mais ricas em queratina e que sejam menos ventiladas, mais quentes e úmidas. Dito isso, é importante entender que o verão requer cuidados redobrados, já que é época de calor e suor – ambiente muito prolífico a fungos –, vale ressaltar que durante essa estação, casos de micose aumentam em mais de 50%.

Alguns tipos de fungos já habitam nosso corpo sem causar qualquer tipo de sintoma, no entanto, quando começam a se reproduzir desenfreadamente, podem ocasionar doenças.

Existem muitos tipos de micoses de pele que podem ser causadas por mais de 100 diferentes espécies de fungos, sendo que as mais conhecidas são:

  1. Pano Branco

Causado por leveduras da espécie Malassezia, o Pano Branco tem como suas principais características pequenas manchas esbranquiçadas seguidas de descamação. Geralmente ocorre na parte superior dos braços, pescoço, rosto e tronco. Sua superfície é fina com tons de branco, rosa ou castanho. Raramente causa coceiras, sendo que na maioria dos casos, é um problema estético.

  1. Frieiras

Frieiras são os casos mais comuns de micose. Elas se manifestam por manchas vermelhas de superfície escamosa que coçam muito. Podem afetar qualquer lugar do corpo, sendo que a área de mais comum ocorrência são os pés. São causadas por: Microsporum, Trichophyton ou Epidermophyton.

  1. Candidíase superficial

A candidíase superficial normalmente infecta as dobras da pele (axilas, parte inferior dos seios e glúteos). As manchas são vermelhas, úmidas e irregulares. Pode ser tratada em poucos dias, ao contrário de outras micoses. É causada – na maioria dos casos – pela Candida albicans.

Causa e transmissões

Um fato que não é de conhecimento geral: frieiras são contagiosas e transmissíveis – podem ser contraídas através do contato com outras pessoas ou animais infectados. Compartilhar meias, toalhas, luvas, calçados, roupas, lixas, tesouras e alicates de unhas sem esterilizar são hábitos que apresentam maiores riscos para a contração da micose. 

No caso da Pitiríase Versicolor e da Candidíase, não ocorrem contágios, pois os fungos causadores dessas micoses são encontrados naturalmente em nossas peles e se desenvolvem em situações especiais – quando há excesso de umidade ou o indivíduo sofre de debilidades no sistema imunológico. Os fatores de risco para esses casos são: suor em excesso, trabalho em ambientes quentes e úmidos, hábito de andar descalço em lugares úmidos (saunas, piscinas e vestiários), utilização de banheiros públicos e lava-pés.

Sintomas

Os sintomas da micose – de forma geral – incluem coceira, descamação da pele, surgimento de lesões na (s) região (ões) afetada (s), incômodos, dor, bolhas preenchidas de líquido, diferentes colorações nas áreas infectadas (branco, vermelho, marrom, amarelo), manchas, fissuras entre os dedos dos pés ou mãos, feridas, deformidades da parte afetada, rachaduras, erosões, desconfortos e em alguns casos, fortes odores – em casos avançados.

Prevenções

  1. Evite entrar em contato com pessoas e animais infectados.
  2. Não fique com o corpo molhado por muito tempo, seque-se bem, e evite usar roupas e calçados molhados.
  3. Não ande descalço em pisos úmidos.
  4. Dê preferências a roupas feitas de fibras naturais (como o algodão) e use calçados abertos.

Tratamentos

Óleo de arvore do chá: solução natural e eficaz com excelente efeito purificante, secativo e de limpeza profunda. Conta com propriedades antibacterianas.

Modo de usar: após o banho, passe o óleo em um pedaço de algodão e aplique na área afetada duas vezes ao dia. Este óleo não é considerado tóxico, contudo, deve ser usado em pequenas dosagens. Em pessoas hipersensíveis, pode causar dermatite de contato em concentrações acima de 10%. Quando usado internamente, pode causar neurotoxicidade em concentrações acima de 5 ml.

Óleo de orégano: forte antisséptico, antibacteriano e antifúngico. É um aliado no combate e prevenção de micose.

Modo de usar: em um recipiente, misture uma colher de sopa de azeite em duas gotas de óleo essencial de orégano, em seguida, aplique no local infectado, deixando por 30 minutos, feito isso, lave os pés e enxugue. Repita o processo uma ou duas vezes ao dia. Deve ser utilizado em pequenas dosagens e ser evitado por pessoas alérgicas a orégano e outras plantas da mesma família – tomilho, menta ou sálvia. Não indicado à pacientes cardíacos.

Banho de vinagre de maçã: o ácido málico e o acético do vinagre de maçã contribuem para regular o pH natural da pele.

Ingredientes

Modo de preparo: esquente a água, adicione o vinagre de maçã e o óleo de Árvore do Chá. Utilize a água para um banho e submerja a área afetada por uns 10 minutos, repita esse processo pelo menos três vezes ao dia.

Creme de alho: o alho tem poderes antimicóticos naturais. Seus compostos de enxofre refreiam as infecções e evitam que os fungos se propaguem.

Ingredientes

  • 5 dentes de alho;
  • 1 colher de azeite de oliva.

Modo de preparo: triture os dentes de alho com uma pedra e misture com o azeite de oliva. Após esse processo, aplique o creme sobre a região afetada e deixe-o atuar por 5 minutos. Enxágue e seque bem. Repita o uso todos os dias, uma vez por dia.

Creme de mostarda:

Ingredientes

  • 400g de sementes de mostarda;
  • 500ml de água.

Modo de preparo: coloque um punhado de sementes de molho em água morna e esmague. Aplique sobre a área afetada, deixando descansar por 10 minutos. Enxágue com água morna e seque bem. Faça um teste de toque colocando um pouco da mistura sobre a pele do antebraço ou pescoço. Caso apresente irritação, não utilize.

Receita antifúngica:

Ingredientes

  • Meia xicara de alecrim desidratado;
  • 3 dentes de alho picados e sem casca;
  • 200ml de água fervida.

Modo de preparo: junte todos os ingredientes em um recipiente. Deixe na infusão. Descanse a mistura por 8 horas. Passe de 2 a 3 vezes ao dia diretamente sobre a micose com algodão.

Nota: vale destacar que os tratamentos aqui informados NÃO substituem o acompanhamento médico. Consulte um especialista.

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